quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

10 razões pelas quais o inferno de fogo não existe!

A crença no inferno é popular e faz parte da percepção básica da religião na cultura cristã. No entanto, alguns dizem que a evidência de tal castigo eterno é praticamente inexistente. Confira os dez argumentos abaixo e diga o que você acha:


10. A Bíblia mal menciona algo como o inferno


De acordo com Romanos 6:23 afirmando que “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Cristo Jesus, nosso Senhor”. Note que não há nenhuma menção dos pecadores sendo condenados à tortura eterna; eles simplesmente não recebem a recompensa por uma vida justa. Da mesma forma, 2 Tessalonicenses 1:9 diz que “Eles sofrerão a pena de destruição eterna, a separação permanente da presença do Senhor e da majestade do seu poder”. Ou seja, a punição para aqueles considerados ímpios não é tortura de fogo, mas a destruição.
João 3:36 afirma algo parecido. “Quem crê no Filho tem a vida eterna; aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele”.Enquanto isso, Judas 1:7 menciona “fogo eterno”, mas apenas no contexto de Sodoma e Gomorra, literalmente destruídas pelo fogo eterno da ira de Deus. Algo remotamente parecido com a visão de “inferno” da cultura popular aparece em breves menções no Livro do Apocalipse e duas das parábolas de Cristo. Mas se um lugar de tormento eterno foi realmente concebido como um componente integral do cristianismo, não é estranho que a Bíblia nunca parece prestar atenção a ele?


9. Interminável castigo não faz sentido bíblico


De uma perspectiva cristã, a ideia do inferno não é apenas cruel e incomum, bem como totalmente excessiva. Será que um Deus descrito na Bíblia como verdadeiro, justo e correto aprovaria algo como punição eterna?
1 João 4:8 diz que “Aquele que não ama não conhece a Deus, porquanto Deus é amor”. Será que um Deus que é o próprio conceito de amor torturaria eternamente um filho Seu como castigo, mesmo que ele tivesse feito algo ruim?
Deuteronômio 19:21 afirma: “Portanto, não considerarás com piedade esses casos: alma por alma, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé!”. Tal sanção de igualdade parece um pouco fora de sincronia com a ideia de uma angústia literalmente infinita.
O inferno popular parece ainda mais bizarro depois de considerar as palavras de Deus em Jeremias 7:31: “Eles construíram o alto de Tofete no vale de Ben-Hinom, a fim de queimarem seus próprios filhos e filhas como holocausto, sacrifício que jamais ordenei e nem sequer pensei em requerer”. Se a ideia de seres humanos sendo queimados é tão desagradável para Deus que nunca sequer entrou em Seus pensamentos, o que diria Ele então do inferno?


8. Muitas referências ao inferno foram erros de tradução


Quando se trata de equívocos sobre o inferno, a popular versão da Bíblia do rei Jaime, do século 17, é campeã. Nela, o profeta Jonas esteve na “barriga do inferno”, enquanto Davi insiste que Deus estaria com ele mesmo no inferno. Até Jesus aparece no inferno após a sua morte na cruz. Isto, obviamente, não faz sentido.
A Bíblia afirma repetidamente que o inferno, o que quer que seja, envolve a separação de Deus. Então, por que Jesus aparece por lá e Davi está tão seguro de que Deus estaria com ele lá?
A resposta é que essa versão traduziu um monte de diferentes palavras gregas e hebraicas sob o termo “inferno”. As palavras em questão são Hades, Sheol, Tártaro e Geena, com significados muito diferentes em seu contexto original. Por exemplo, Hades e Seol, que são palavras mais ou menos equivalentes em grego e hebraico, não podem nem razoavelmente ser traduzidas como “lugar de tormento”, algo que a palavra “inferno” geralmente implica. Uma tradução melhor seria “sepultura” ou “vida após a morte”. Esses termos sequer carregam um juízo de valor como o do “inferno”, uma vez que somente os ímpios vão para o inferno, mas todas as almas vão para Sheol após a morte.
A Nova Versão Internacional da Bíblia faz uma referência muito menos dramática de certas passagens. Ela se refere ao inferno somente 15 vezes, em comparação com 54 menções na Bíblia do rei Jaime. Ainda assim, muita confusão e desentendimento foram causados pelos primeiros tradutores da Bíblia.


7. Geena é controversa



Já explicamos que “Hades” e “Sheol” não correspondem à percepção moderna do inferno. “Tártaro” é também ocasionalmente traduzido como “inferno”, mas o termo só aparece uma vez na Bíblia, e não em relação aos seres humanos, por isso tem pouca relevância. E quanto à “Geena”?
Esse é certamente o termo bíblico mais traduzido como “inferno”. Por exemplo, a Nova Versão Internacional de Mateus 5:30 afirma: “E, se tua mão direita te fizer pecar, corta-a e atira-a para longe de ti; pois te é melhor que um dos teus membros se perca do que todo o teu corpo seja lançado no inferno”. Assustador, não? Tudo se resume à controvérsia sobre o significado exato de “Geena” expressa aqui como “inferno”.
A palavra em si é uma tradução grega dos termos hebraicos “ge-hinnom” e “ge-ben-hinnom”, que significam “vale dos filhos de Hinom” e se referem a um vale real próximo a Jerusalém antiga. O vale aparece pela primeira vez no Antigo Testamento como a localização de sacrifícios pagãos de crianças, que continuam pelo menos até 2 Reis 23:10, que descreve como Josias destruiu o lugar de tal ordem que “ninguém mais conseguiu sacrificar ali seus filhos e filhas, queimando-os em adoração ao deus Moloque, como era costume se fazer”.
Uma explicação é que, na época de Jesus, o termo Geena foi aparentemente usado metaforicamente para se referir a um lugar de destruição. É interessante notar que o hebraico não tem nenhuma palavra para tal conceito e Jesus aparentemente não sentiu necessidade de introduzir um, preferindo fazer alusões históricas.
Ou então, segundo alguns estudiosos, o vale de Geena tornou-se de fato um lugar essencialmente incinerador na época de Cristo. Ele constantemente consumia o lixo da cidade e os corpos de criminosos e desonrados. Esta tradição é bastante antiga, mas não é suportada por qualquer evidência ou relatos antigos. Em qualquer caso, nenhuma das referências de Cristo a Geena sugerem qualquer tipo de tormento eterno. Remover os injustos da existência, como os versículos sugerem, não soa particularmente parecido com torturá-los para sempre.


6. Jesus não inventou parábolas sobre o inferno


A ideia de um inferno de fogo é quase completamente alheia à Bíblia, exceto por algumas menções incluindo a parábola do homem rico e Lázaro, conforme registrado em Lucas 16:19-31.
Na história, um homem rico ignora a vida toda um mendigo, chamado Lázaro. Mas o par de experimenta uma inversão de papéis após suas mortes, quando Lázaro é levado pelos anjos para uma existência feliz no seio de Abraão, enquanto o homem rico se vê atormentado em um fogo ardente. O homem rico implora a Lázaro para ter pena dele e trazê-lo um pouco de água, mas Abraão ressalta que o homem rico viveu uma grande vida e nunca teve pena de Lázaro. Abraão também se recusa a ressuscitar Lázaro para avisar a família do homem rico para mudar suas maneiras, argumentando que eles podem optar por seguir os profetas ou não, mas testemunhar um milagre não vai de repente transformá-los em boas pessoas.
Este é provavelmente o mais próximo que a Bíblia chega da concepção moderna do inferno. No entanto, é importante notar que a Bíblia não apresenta essa parábola como uma história verdadeira ou uma advertência direta sobre a vida após a morte. As parábolas de Cristo são claramente histórias fictícias destinadas a transmitir uma mensagem.
O conto do homem rico e Lázaro é precedido pela parábola do mordomo infiel, onde um servo defrauda seu mestre e é recompensado por isso. Se você ignorar o significado mais profundo das parábolas, concluirá que Jesus achava que roubar de seu chefe era uma coisa boa.
Só que, na verdade, essas parábolas nem sequer foram criadas por Jesus. Estudiosos há muito identificaram o esboço geral dessa história de Lázaro (o mendigo recompensado após a morte, enquanto o homem rico é punido) como um conto popular egípcio conhecido de instrutores religiosos judeus, como os fariseus, ao ponto da literatura judaica primitiva conter pelo menos sete versões da narrativa.
No relato de Lucas, Jesus só conta a parábola do homem rico depois que os fariseus zombam de sua parábola original do mordomo infiel, usando uma de suas próprias histórias favoritas para demonstrar a hipocrisia de tais fariseus.


5. Vários versículos sobre um lugar como o inferno não são conclusivos


A Bíblia contém uma referência à tortura de fogo eterno em Apocalipse 20:10-15: “Eles serão atormentados dia e noite pelos séculos dos séculos”. Mas quem são “eles”? Coisas como o Diabo, a Besta e o Falso Profeta, que não são pessoas reais. Em outras palavras, tal referência é um simbolismo.
Existe também a parábola da ovelha e dos bodes, como encontrada no Livro de Mateus. Na história, Jesus aparece para falar do Juízo Final: “Ide para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos”. A parábola termina com uma aparente referência ao tormento sem fim: “Sendo assim, estes irão para o sofrimento eterno, porém os justos, para a vida eterna”.
Essa passagem é considerada a chave por trás da concepção popular de inferno. No entanto, muitos teólogos argumentam que essa interpretação contradiz uma série de outros versículos da Bíblia que explicam o destino dos ímpios no Juízo Final como a destruição através da “segunda morte”.
Se os injustos são destruídos, eles não podem ser atormentados para sempre. Alguns estudiosos bíblicos argumentam que, enquanto o fogo da punição é descrito como eterno, isso não significa que os ímpios serão punidos por toda a eternidade. Em outras palavras, a punição eterna (“aionios kolasis”) dura para sempre, mas a própria punição é simplesmente destruição imediata.
Testemunhas de Jeová e outros grupos que não acreditam no inferno vão ainda mais longe, argumentando que a palavra kolasis não deve ser traduzida como “punição”. Citando sua derivação de um termo grego para “poda de árvores”, eles sugerem que seria melhor traduzida como “corte”, “destruição” ou mesmo “morte”. A última interpretação transformaria “aionios kolasis” em “morte eterna”, um agradável contraste com a “vida eterna” prometida aos justos.
O termo “kolasis” só aparece duas vezes no Novo Testamento, mas o Velho Testamento em grego usa a palavra para se referir a punição em geral, e a morte como uma forma de punição, sugerindo que “punição eterna” e “morte eterna” são duas traduções válidas.


4. Mesmo os primeiros padres não concordavam sobre a existência do inferno


Nem mesmo os primeiros padres das igrejas cristãs primitivas concordavam em seus conceitos sobre o inferno. Justino Mártir, Clemente de Alexandria, Tertuliano e Cipriano estavam entre aqueles que consideravam que o inferno era um lugar literal de tormento ardente. Orígenes e Gregório de Níssa discordavam, dizendo que o inferno era simplesmente a separação de Deus.
Embora a ideia de condenação eterna de fogo possa ser encontrada tão cedo quanto no livro apócrifo do século II “Apocalipse de Pedro”, não parece ter-se tornado dominante no pensamento cristão até por volta do século V dC. Ironicamente, essa visão foi fortemente inspirada pelo filósofo e matemático grego Platão, que não era cristão, e a quem o historiador francês Georges Minois creditou com “a maior influência sobre as visões tradicionais do inferno”.
O Mito de Er de Platão apresenta uma vida futura em que os pecadores são punidos ou recompensados na proporção de suas más ações na vida. Seja qual for sua opinião sobre a existência do inferno, as punições específicas citadas por Platão definitivamente não têm apoio bíblico. Mesmo assim, podem ser detectadas em muitas versões populares de um inferno, mais notavelmente o Inferno de Dante.
Nos tempos modernos, muitas denominações cristãs se afastaram da concepção do Inferno de Santo Agostinho como um lugar físico abaixo da Terra. Por exemplo, desde 1992, através de uma decisão do Papa João Paulo II, ensina-se no Catecismo que o inferno é simplesmente um estado de “autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os abençoados”.


3. Alguns aspectos do inferno parecem distintamente não cristãos


Vários aspectos da visão de inferno parecem emprestados de outras culturas. Por exemplo, a religião egípcia antiga contava com uma caverna possuindo um “lago de fogo” onde as almas dos ímpios eram punidas por suas transgressões. Os primeiros mesopotâmios também acreditavam que o submundo era subterrâneo, embora não fosse um lugar de castigo eterno.
Uma comparação particularmente interessante pode ser feita entre a ideia popular de inferno e o Zoroastrismo, uma religião antiga originada no que hoje é o Irã. Nos primeiros textos zoroastristas, as almas dos pecadores são julgadas após a morte e condenadas a punição eterna no submundo, que o Livro de Arda Viraf descreve como um poço cheio de fogo, fumaça e demônios. As almas são torturadas de acordo com a gravidade de seus pecados em vida, e tal tortura é presidida por Angra Mainyu, “o grande espírito do mal”. Isso soa muito parecido com o inferno da cultura pop moderna.
Esses detalhes não têm nenhuma base na Bíblia. O Inferno zoroastrista é composto por demônios e governado por uma figura diabólica, enquanto o Diabo cristão e seus seguidores não têm nenhum papel na vida após a morte e são o único grupo claramente destinado a punição em “Tártaro”.


2. O conceito é estranho ao Antigo Testamento


Mesmo as menções fracas ao inferno no Novo Testamento parecem melhores em comparação com o Antigo Testamento, que claramente não mostra nenhum conceito de um lugar de tormento eterno.
Escrituras como Jó 3:11-17 sugerem que a morte é simplesmente uma cessação: “Ora, por que não me foi tirada a vida ainda no ventre de minha mãe? Por que não morri ao nascer? (…) Porquanto, se assim fora, agora estaria dormindo, jazeria em paz e desfrutaria de tranquilidade e descanso. (…) Se minha mãe tivesse tido um aborto, às escondidas, eu não teria continuado a existir e seria como as crianças que nunca viram a luz do dia. Na sepultura termina a ambição e a maldade dos ímpios, ali também repousam em paz os atribulados pela vida”.
Eclesiastes 3:19 soa ainda mais cético sobre a possibilidade de vida após a morte: “Porquanto a sorte do ser humano e a do animal é idêntica: como morre um, assim morre o outro, e ambos têm o mesmo espírito, o mesmo fôlego de vida; de fato, o ser humano não tem vantagem alguma sobre os animais. E, assim, tudo não passa de uma grande ilusão!”.
Mesmo no início da Bíblia, em Gênesis, a punição de Adão e Eva por não ouvir as instruções de Deus e comer do fruto proibido não foi a ameaça do fogo do inferno, mas sim de morte: “porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!”.


1. O inferno é simplesmente uma tática de intimidação


Como vimos até agora, um estudo cuidadoso da Bíblia sugere que a ideia de inferno como castigo eterno não é verdadeira, ou não tem base na religião cristã. Então, por que tanta gente, até mesmo dentro da Igreja Evangélica, insiste nisso até hoje?
Não se pode negar que a ideia de inferno tem sido usada como uma tática de intimidação para manter as pessoas na linha ou atingir um objetivo desejado há muito tempo. Por exemplo, na idade média nos tempos da igreja católica, se as pessoas não temessem o inferno, por que comprariam um lugar no céu?
Até figuras como a Rainha Maria I da Inglaterra usaram a doutrina como uma desculpa para perpetrar barbáries. Antes de sentenciar um grupo de protestantes para ser queimado vivo, ela supostamente declarou que tal punição era adequada para seus corpos na Terra, visto que suas almas eternamente queimariam no inferno.
Mesmo nos tempos modernos, o tema “acredite ou você vai para o inferno” é comum, completo com descrições vívidas de ranger de dentes, gritos dos condenados e odor de carne escaldante. Como tantas outras táticas de chantagem, a ideia de “arder no fogo do inferno” pode exercer um apelo poderoso sobre os crentes.
Para finalizar a argumentação contra um inferno, voltemos mais uma vez à parábola do homem rico e Lázaro, frequentemente citada como “prova bíblica” da doutrina do inferno. Muitos poderiam dizer que, na verdade, ela carrega a mensagem oposta. No final da parábola, Abraão não concorda em enviar Lázaro de volta à Terra para advertir os pecadores do destino terrível que os aguarda na vida após a morte justamente porque ele acredita que a justiça só pode vir da crença, ao invés do medo de alguma punição sobrenatural.


por Natasha Romanzoti
Fonte: https://hypescience.com/10-razoes-biblicas-pelas-quais-o-inferno-pode-nao-existir

As origens da doutrina da “imortalidade da alma”


Nós vimos no artigo: “Ressurreição ou vida imediatamente após a morte?” que a Bíblia apresenta clara e unanimemente que os mortos estão dormindo e não tem consciência. Apenas para clarear novamente eis alguma das passagens a este respeito:

Daniel 12:2 diz:
“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno.”

A vida eterna começa não com a morte, mas com a ressurreição! Até aqueles que morreram estão no momento dormindo “no pó da terra”. Veja que Deus não diz a Daniel “e muitos daquelas almas estão agora no céu.”

Assim também com Paulo: ao falar aos tessalonicenses sobre a morte e a esperança que temos na ressurreição, ele falou sobre aqueles que estavam “dormindo:” Veja os termos que ele usa:

1 Tessalonicenses 4:13-16
“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemos-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro:”

A esperança de Paulo, a esperança que Deus nos deu em sua Palavra tem um nome: ressurreição. Em um tempo entre o agora e a ressurreição, alguns de nós, provavelmente todos (dependendo de quando o Senhor voltar – este tempo ninguém sabe) morreremos. Não entraremos em um estado de regozijo no céu ou paraíso. Ao invés disto estaremos dormindo. Onde? No pó do chão, ou como normalmente é chamado na Palavra “Sheol” ou “Hades”, o túmulo. Esta é a verdade contida na Palavra de Deus simples e fácil de entender.

Imortalidade da alma: A crença comum vs. A Bíblia

A verdade que os mortos estão dormindo agora e voltarão à vida na ressurreição, infelizmente, não é o que a maioria dos Cristãos acredita e que pode ser resumida como segue:

“Uma pessoa é composta de corpo e alma. O corpo é o físico carne-sangue “couraça” que funciona como uma casa para a alma. A alma é a parte imaterial, a mente, os sentimentos, etc. Na morte a alma deixa o corpo e continua a viver conscientemente para sempre no céu ou no inferno.”

No artigo “corpo, alma e espírito” nós lidamos com a alma e o que ela é exatamente. Talvez não haja um resumo melhor para o significado da palavra hebreia (“nephesh”), traduzida como “alma” na Bíblia, do que aquela dada pelo dicionário Vine:

“Nephesh:” Essência da vida, o ato de respirar, tomar fôlego ... O problema com a "alma" do termo Inglês é que nenhum equivalente real do termo ou a ideia por trás dele é representado na língua hebraica. O sistema Hebreu de pensamento não inclui a combinação ou oposição do “corpo” e “alma” da qual são de fato origens latinas e Gregas” (Dicionário Vine Completo de palavras do Antigo e Novo Testamento, 1985, p. 237-238, com ênfases).

“Nephesh” (ou “Psuchi” no Novo Testamento grego), alma, é, de acordo com a Palavra de Deus simplesmente um fôlego da vida. Gênesis 2:7 demonstra esta verdade claramente:

Gênesis 2:7
“E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.[“nephesh” em hebraico]. ”

Veja que a Palavra não fala da alma como algo separado do corpo. “O homem foi feito alma vivente.” Cada um de nós que respiramos hoje é uma alma vivente. Quando dermos nosso último suspiro, não mais seremos almas viventes. Estaremos dormindo, sem consciência, e como pessoas que dormem profundamente não tem consciência.

Se adotarmos a definição que a Palavra de Deus nos dá para alma e não a versão “greco-latina”, como Vine a chama, não teremos então problemas quando entendermos que animais também tem alma.

Gênesis 1:20-21
" E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente [nephesh, alma]; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus. E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom."

e Gênesis 1:29-30
"E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente[nephesh em hebraico], toda a erva verde será para mantimento; e assim foi."

Obviamente não há nada metafísico na alma. Qualquer ser que respira, seja homem ou animal, é uma alma vivente. De onde vem então esta crença da imortalidade da alma? Isto é algo que veremos a seguir.

Imortalidade da alma: uma crença platônica

Em relação à origem da ideia da imortalidade da alma, Vine já nos deu algumas dicas a respeito: esta crença vem da filosofia grega, defendida especialmente por dois filósofos gregos: Platão e Sócrates. Platão, embora não seja o primeiro a defender a doutrina da imortalidade da alma, ele foi definitivamente o mais eloquente. Como Werner Jaeger da Universidade de Harvard diz:

“A imortalidade do homem era um dos credos fundamentais da religião filosófica do platonismo, que foi, em parte, adotada pela igreja cristã.” (Werner Jaeger, “As ideias gregas da imortalidade”, Revisão Teológica de Harvard, Volume LII, Julho 1959, Número 3, com ênfases).

Como a Enciclopédia Católica (Tópico: a escola platônica) também nos informa:

“A grande maioria dos filósofos cristãos até Santo Agostinho foram platônicos.”

O que Platão acreditava a respeito da alma? Platão era discípulo de outro filósofo grego, Sócrates. A obra de Platão “Fédon” é um diálogo no qual retrata a morte de Sócrates. Ele se passa no último dia de vida de Sócrates antes de ser executado, tomando cicuta. Como a Wikipédia diz: “um dos temas centrais no Fédon é a ideia da alma ser imortal”. Poderíamos considerar “Fédon” uma obra que suporta a crença de dois grandes filósofos gregos no assunto. Aqui estão algumas passagens desta obra (tirada do seguinte site: http://classics.mit.edu/Plato/phaedo.html ):

“A alma é a semelhança do divino e imortal, e inteligível, e uniforme, e indissolúvel e imutável... Ela vai para o puro, eterno e imortal, e imutável, ao qual ela pertence..." (Fédon)

E novamente:

“A alma, cuja atitude inseparável é a vida nunca admite vida oposta, a morte. Assim, a alma é destinada a ser imortal, e uma vez imortal, indestrutível ... Não acreditamos que não existe tal coisa como a morte? Com certeza. E isso é qualquer coisa, mas a separação da alma e do corpo? E estar morto é a realização de tal separação, quando a alma existe em si mesma e se separa do corpo, e o corpo é partido da alma. Que é a morte .... A morte é apenas a separação da alma e do corpo." (com ênfases)

Mais ainda:

“Alegrai-vos e não choreis minha partida...Quando colocar-me no túmulo, diga que está enterrando meu corpo, não minha alma.”

O que Platão e Sócrates dizem soa familiar? De fato, sim. Poderia ser o resumo da crença da maioria dos cristãos!

Como o historiador da igreja Philip Schaff diz:

“Platão dá destaque também para a doutrina de um estado futuro de recompensas e punições. Na morte, por uma lei inevitável do seu próprio ser, assim como pela nomeação de Deus, cada alma vai para o seu lugar, o gravitacional mal para o mal e do bem subindo para o bem supremo.” (A Nova Enciclopédia Schaff-Herzog de Conhecimentos Religiosos, artigo: platonismo e cristianismo).

Tudo parece de fato ter sido escrito por um pregador cristão contemporâneo. De fato, compare o que lemos sobre Fédon com o que a maioria dos pregadores célebres do Cristianismo Contemporâneo diz sobre nosso tema:

“….você é uma alma imortal. Sua alma é eterna e viverá para sempre. Em outras palavras, seu real “eu” – sua parte pensante, sentimentos, sonhos, desejos, o ego, a personalidade – nunca morrerá....sua alma viverá eternamente em um dos dois lugares – Céu ou inferno...Se somos salvos ou perdidos, há consciência e existência da alma e personalidade.” (Billy Graham, Paz em Deus, capítulo 6, parágrafos 25 e 28).

Agora compare isto com o que Deus e Seu arqui-inimigo, o diabo, diz em Gênesis 2 e 3:

Gênesis 2:16-17, 3:4
“E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás... Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.”

A primeira coisa que foi ensinada ao homem é – embora caído – supostamente imortal era o diabo no jardim do Éden. Compare “certamente não morrereis” com a doutrina da imortalidade da alma. “Sua alma é imortal e viverá para sempre”, Billy Graham disse. Embora o respeite muito, a mesma coisa disseram também Platão e Sócrates. De acordo com eles: não uma morte real. “Certamente não morrereis”, sua alma apenas deixa o corpo e vive eternamente no céu ou no inferno, dependendo do que se tem feito”. Irmão, isto não é uma crença Cristã, é uma crença pagã, ensinada primeiro pelo pai da mentira no jardim do Éden.


Imortalidade da alma: Tyndale e Lutero

Vejamos agora o que dois grandes reformadores pensam sobre a doutrina da imortalidade da alma. Tyndale aquele grande reformador e reverenciado tradutor da Bíblia, que foi queimado na estaca, disse sobre a doutrina da imortalidade da alma, respondendo ao defensor Papal Thomas More :

“Ao colocar as almas que partiram no céu, no inferno, ou no purgatório, destruís os argumentos com os quais Cristo e Paulo provam a ressurreição... E ainda, se há almas no céu, por que elas não estão em uma boa posição como os anjos? Se a alma está no céu, dizei-me que motivo há para a ressurreição?... a fé verdadeira posta (estabelecida) a ressurreição, a qual somos advertidos a buscar a todo momento. Os filósofos pagãos, negando isto, declaram que as almas sim vivem. E o Papa une a doutrina espiritual de Cristo e a doutrina carnal dos filósofos, coisas tão contrárias que não tem como estarem de acordo. Não mais como o espírito e a carne no homem cristão. E por essa mentalidade carnal de um papa ao consentir uma doutrina pagã, portanto ele corrompeu a Escritura Sagrada para estabelece-la. (Resposta ao diálogo de Sir Thomas More (reimpressão Parker 1850), pp. 180, 181., com ênfases)

E disse também:

“Eu me maravilho de que Paulo não tenha reconfortado os Tessalonicenses com esta doutrina (da imortalidade da alma) se soubesse que as almas de seus mortos estavam em gozo, assim como ele sabia da ressurreição, que seus mortos viveriam novamente. Se as almas estão no céu, em estado de glória como os anjos, conforme sua doutrina, diga-me então para que a ressurreição” (Resposta ao diálogo de Sir Thomas More (reimpressão Parker 1850), pp. 118., com ênfases).

Mais ainda, Martín Lutero, o grande reformador Alemão, em resposta à mesma Bula de Leão X, classificou a imortalidade da alma como “opinião monstruosa”. Eis aqui o que ele disse:

“Contudo, permito ao Papa estabelecer artigos para ele mesmo e seus fiéis seguidores, tais como: Que o pão e o vinho são substanciados no sacramento, que a essência de Deus gera não é gerada, que a alma é a forma substancial do corpo humano, que ele (o papa) é o imperador do mundo e rei do céu e um deus terreno, que a alma é imortal, e todas essas monstruosidades sem fim...( Afirmação de todos os artigos de M. Lutero condenados pela última Bula de Leão X), artigo 27, Weimar edição das Obras de Lutero, vol. 7, pp 131, 132, com ênfases)

O estudioso Luterano Dr T. A. Kantonen (A esperança Cristã, 1594, p. 37), resumiu a posição de Lutero sobre a morte com essas palavras:

"Lutero, com grande ênfase na ressurreição, preferiu concentrar na metáfora da escritura do sono. “Pois assim como quem dorme e alcança o amanhecer inesperadamente ao acordar, sem saber o que aconteceu com ele, também devemos ser despertados de repente no último dia sem saber como entramos na morte e passamos por ela. Dormiremos, até que Ele venha e bata no nosso túmulo e diga, Doutor Martin, levante-se! Então ressuscitaremos prontamente com ele para sempre.”

Não poderíamos concordar mais com esses dois grandes reformadores. A morte é sem dúvida dormir. Não existe tal coisa de alma imortal. O conforto da Bíblia é NÃO o conforto da maioria dos pregadores dão nos funerais, ou seja, que a alma morta, supostamente está viva. Este foi o conforto de Platão e Sócrates ao ensinar seus alunos convertidos. (Eu lembro novamente a citação da Enciclopédia Católica: “A grande maioria dos filósofos cristãos até Santo Agostinho foram platônicos”.) Continuaremos a acreditar nisto ou voltaremos nossos ouvidos para o que a Palavra de Deus diz?

Imortalidade da alma: outras fontes, os fundadores da Igreja

A imortalidade da alma é algo contrário às escrituras e é também estabelecida pela enciclopédia Judaica que diz a esse respeito:

"A crença de que a alma continua existindo após a morte do corpo não está nos ensinamentos da Sagrada Escritura... a crença da imortalidade da alma vem de judeus que tiveram contato com os gregos, de modo especial sobre a filosofia da Platão e seus princípios, que foi conduzido por meio dos mistérios Órficos e Eleusianos dos quais os egípcios e babilônios foram estranhamente misturados.” (A Enciclopedia Judaica, artigo, “imortalidade da alma, com ênfases).

De modo similar a Enciclopédia Bíblica internacional diz:

“sempre fomos influenciados de certa forma pelas ideias gregas, platônicas de que o corpo morre, mas a alma é imortal. Tais ideias são completamente contrárias à consciência israelita e não relato disso no Antigo Testamento.” (1960, Vol. 2, p. 812, “Morte”)

Irmãos, a alma NÃO é imortal. A alma é apenas para dar vida ao corpo. Você respira. Você tem alma. Assim também para os animais: eles são almas viventes. Você morreu, não há mais alma. A esperança dos Cristãos se apoia em apenas uma única doutrina: a doutrina da ressurreição dos mortos. Quando Paulo foi para Atenas, a capital do filósofo grego, a casa de Platão e Sócrates, ele pregou: “Jesus e a ressurreição” (Atos 17:18). Desde então o conceito da imortalidade da alma de espalhou por toda Grécia. Mas Paulo não disse isso para reiterar a mentalidade da filosofia grega. Ao contrário, ele pregou a única doutrina verdadeira sobre o assunto: a doutrina da ressurreição. Paulo não comprometeria a verdade reiterando os filósofos e suas opiniões. De fato aqui está um alerta para todos a este respeito:

Colossenses 2:8
“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.”

A palavra “filósofos” é a palavra usada em atos 17:18 para descrever os epicuristas e estoicos que ridicularizavam Paulo, porque ele estava pregando a ressurreição. É a palavra usada por Platão, Sócrates e todos os demais para descreverem a si mesmos. Eles eram filósofos e suas obras eram uma só: filosofia. Enquanto Paulo alertava: “cuidado para que ninguém vos prenda pela filosofia” – os fundadores da igreja – a maioria deles – foram capturados por ela. Por exemplo, o Dicionário Teológico Evangélico diz sobre a origem, os fundadores da igreja são descritos pela Enciclopédia Britânica como: “os teólogos e bíblicos mais importantes do início da igreja grega”.

“Especulação sobre a alma na igreja sub apostólica foi fortemente influenciada pela filosofia grega. Pode-se ver isto na aceitação da origem da doutrina platônica da preexistência da alma como mente pura (nous)...” (1992, p. 1037, “Alma”)

Aqui está o que a própria Origem escreveu:

“. . . A alma, tendo sua substância e vida em si mesma, deverá após sua partida do mundo, ser recompensada de acordo com que ela merece, ser destinada para obter uma herança de vida eterna e benção...ou ser mandada para o fogo eterno e punição...” (Padres pré Nicenos, Vol. 4, 1995, p. 240)”

Muitos dos fundadores da igreja, ao invés de rechaçar essas influências filosóficas, eles a cristianizaram, sendo enganados por elas e misturando-as com a verdade da Palavra com um erro da filosofia pagã. Veja o que Ackermann diz a respeito dos Padres da igreja grega, o mártir Justino:

"Justino foi como ele mesmo relata um admirador entusiasta de Platão antes de encontrar no Evangelho a satisfação plena que ele tinha procurado intensamente, mas em vão, na filosofia. E, embora o evangelho fosse infinitamente superior em seu ponto de vista do que a filosofia platônica, ainda assim ele considerava a filosofia como estado preliminar para o evangelho.” E do mesmo modo fizeram muitos escritores apologéticos ao se expressarem sobre Platão e sua filosofia.” (Ackermann, Das Christliche im Plato, chap. i., Hamburg, 1835; Eng. transl., The Christian Element in Plato, Edinburgh, 1861).

De fato a Enciclopédia Britânica descreve o mártir Justino como “o primeiro cristão a usar a filosofia grega no serviço da fé cristã”.

E como o historiador de igreja alemão Philip Schaff diz em sua Enciclopédia:

“muitos dos primeiros cristãos encontraram peculiar atração nas doutrinas de Platão, e as empregaram como armas de defesa e extensão do cristianismo, ou colocaram as verdades do cristianismo em um molde platônico. As doutrinas do Logos e da Trindade receberam a sua forma de Padres gregos, os quais, se não treinados nas escolas, foram muito influenciados, direta ou indiretamente, pela filosofia Platônica, particularmente no modelo Judeu-Alexandrino. Que os erros e corrupções penetraram na Igreja a partir desta fonte não pode ser negada... Entre os mais ilustres dos padres que foram influenciados por Platão, podemos nomear: Justino Mártir, Atenágoras, Teófilo, Irineu, Hipólito, Clemente de Alexandria, Orígenes, Felix Minúcio, Eusébio, Metódio, Basílio, o Grande, Gregório de Nissa, e Santo Agostinho.” (A Nova Enciclopédia de conhecimentos religiosos Schaff-Herzog, artigo: Platonismo e Cristianismo, com ênfases).

Conclusão
Concluindo: a doutrina da qual afirma que alma dos mortos se separam de seu corpo e segue vivendo no céu ou no inferno, por que a alma e supostamente imortal, não é uma inovação Cristã. É algo que foi articulado por Platão e Sócrates, os quais por sua vez tiveram grande influência na maioria dos doutores da Igreja, do Mártir Justino até Agostinho. Esta doutrina pagã embora infundada na Bíblia e nos livros do Antigo Testamento, Jesus e os apóstolos foram colocados juntos com as ideias de outros filósofos gregos e renomeado de cristã. Esta doutrina platônica pagã substituiu a verdadeira esperança cristã em relação à morte: “a ressurreição ao soar da última trombeta, porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis.” (1 Coríntios 15:52). Portanto por que a ressurreição dos mortos é mantida como a doutrina da igreja, se afirmam que os mortos tornam-se imortais logo após a morte? Tyndale foi muito direto ao perguntar: “Se as almas estão no céu, em estado glorioso como anjos, conforme sua doutrina mostre-me para que a ressurreição”. A imortalidade da alma não é bíblica, pagã e essencialmente incompatível com a doutrina da ressurreição dos mortos: Não há na verdade nenhum sentido se o morto está vivo agora, pois ressurreição indica que estão vivos”. Como Paulo diz em I Coríntios 15:22-23):

“Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.”

TODOS serão vivificados. Isto é futuro. A palavra ao dizer que SERÃO vivificados na vinda de Cristo, deixa claro que eles NÃO estão vivos agora. Tudo mais é mentira, independente se seu pastor, sua denominação ou sua santa igreja favorita lhes ensina isto.

Você e eu temos uma escolha a fazer: acreditaremos em Deus e sua Palavra, ou acreditaremos em Platão, Sócrates e o que eles trouxeram, por meio de seus discípulos para dentro da doutrina da Igreja? Você quer ser discípulo de Platão ou de Cristo? Fazer a escolha certa significa permanecer de pé contra a opinião popular (e acreditar na imortalidade é popular, estabelecida pela opinião da igreja) e arcar com as consequências. Mas cuidemos disto ou cuidemos da verdade? Importaremos com o que homens dizem ou sobre o que Deus nos diz a esse respeito? Como Paulo nos ensina:

2 Timóteo 2:15
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”

Manter ambas, a Palavra e nossas tradições neste caso não é possível. Uma das duas terá que sair e eu oro para que você faça a decisão correta de qual será.


por Anastasios Kioulachoglou
Fonte: 
http://www.jba.gr

Ressurreição ou vida imediatamente após a morte?


Assim como nos demais artigos, neste também abordaremos um tópico muito sério e que tem sido fonte de longas discussões e muitas questões. Este assunto se refere ao que acontece após a morte e será abordada a partir da visão Bíblica, na qual nós sinceramente acreditamos que, conforme Deus disse, é a única fonte que pode dar-nos informações confiáveis.

1. Morte: Deus não nos quer ignorantes

Começando a pesquisa do nosso assunto, iremos a 1 Tessalonicenses 4:13 onde lemos:

1 Tessalonicenses 4:13
"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança... "

Esta passagem é clara, Deus não nos quer ignorantes a respeito “daqueles que adormeceram”, isto é, os mortos. Ao contrário, Ele quer que sejamos informados, que em outras palavras significa que Ele mesmo providenciou todas as informações necessárias para tirarmos toda a ignorância ou falta de compreensão. De nossa parte a única coisa que precisamos é seguir lendo esta passagem. De fato, nos versículos 13-18 do mesmo capítulo nos diz:

1 Tessalonicenses 4:13-18
"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemos-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras."

Como se pode ver, esta passagem se refere aos “mortos em Cristo” ou aqueles que “adormeceram em Jesus, isto é, àqueles que morreram crendo no Senhor Jesus Cristo”. Embora esses sejam apenas uma categoria do total de mortos, a conclusão tirada da passagem acima em relação ao estado de mortos tem aplicação geral [1].

Voltando agora para o que o texto nos diz, isto é, à informação que Deus nos deu, para eliminar nossa ignorância e incompreensão sobre os mortos, nós podemos ver que nenhuma referência é feita sobre uma suposta vida imediatamente após a morte. Ao contrário, o que a passagem claramente mostra é a ressurreição como a ÚNICA saída para o estado de morte e o único caminho para voltar novamente à vida. De fato, de acordo com a passagem bíblica acima, os mortos em Cristo serão ressuscitados no dia da vinda do Senhor, enquanto que os Cristãos vivos serão arrebatados naquele dia com eles ao céu para encontrarem com o Senhor nos ares. “E assim nós (todos Cristãos, mortos e vivos) ESTAREMOS para sempre com o Senhor”, que em outras palavras significam que uma vez que ESTAREMOS (tempo futuro) com o Senhor, não há mais morte agora, nem tampouco se nós morrermos, seremos imediatamente levados para o Senhor. Em vez disso, nós ESTAREMOS com Ele em sua vinda.

Além dessa passagem acima de 1 Tessalonicenses 4:13-18 que nos foi dada para que tenhamos plena consciência sobre os mortos em Cristo, a Palavra de Deus contém mais textos que corroboram com o que 1 Tessalonicenses 4:13-18 nos disse. Tal texto é 1 Coríntios 15:20-24, onde lemos, iniciamos dos versículos 20-22:

1 Coríntios 15:20-22
"Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também TODOS SERÃO VIVIFICADOS em Cristo."

Neste trecho duas coisas estão claras. A primeira é que TODOS voltarão à vida, embora, no versículo 23 que segue nos diz, “cada homem por sua ordem”, isto é, não serão todos simultaneamente. Além disso, algo mais que o versículo acima nos esclarece é que VIVERÃO novamente, ou seja, dizer que eles estão vivos agora não pode estar correto. Agora, quando os mortos voltarão à vida é algo que está respondido nos versículos 23-24 do mesmo capítulo, onde lemos:

1 Coríntios 15:23-24
"Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que säo de Cristo, na sua vinda. Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força."

O primeiro – e único até agora – que ressuscitou dos mortos é Cristo. Contudo, sua ressurreição não será única para sempre, pois no futuro outros o seguirão: em primeiro lugar pela ressurreição daqueles que são de Cristo, isto é, aqueles que morreram crendo no Senhor Jesus Cristo e então, pela ressurreição dos remanescentes. O tempo que é destes primeiros ressurgidos, isto é, a ressurreição daqueles são de Cristo, está definido como o tempo da vinda de Cristo, do qual 1 Tessalonicenses 4 nos fala . A partir daí podemos concluir então, de acordo com “quadro cronológico” da passagem acima, os mortos em Cristo serão os primeiros a viverem e que o dia que isto acontecerá, será na vinda do Senhor, que ainda virá. NÃO existe nenhum morto que esteja vivo agora, exceto o Senhor Jesus. Ao contrário, todos VIVERÃO no futuro, e cada um à sua ordem.

2. "Com qual corpo o morto voltará"?


A Bíblia não somente nos diz que aqueles que morreram em Cristo serão ressuscitados no dia da sua vinda, mas também nos afirma com qual corpo eles virão. Assim, começando em 1 Coríntios 15:35-41, lemos:

1 Coríntios 15:35-41
"Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo. Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves. E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres. Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela."

O motivo pelo qual Paulo coloca essa comparação da semente que cresce com algo diferente, da planta e os diferentes tipos de corpos e “carnes” etc. é mostrado no início desta passagem onde nos fala explicitamente que estes corpos se referem ao “modo como os mortos ressuscitarão e com qual corpo eles virão”, assim como lemos no versículo 42:

1 Coríntios 15:42
"Assim também a ressurreição dentre os mortos..."

A frase “assim também” faz a conexão dos versículos anteriores (versículos 35-41) com o seguinte (“a ressurreição dos mortos”). Em outras palavras, assim como a semente “morre” para gerar uma planta, assim também este corpo terreno morrerá e outro corpo o sucederá na ressurreição. E como os corpos não são todos iguais, assim também o corpo ressuscitado não será o mesmo corpo terreno. Mais ainda, assim como os corpos celestiais e terrestres diferem em glória, do mesmo modo a ressurreição dos corpos diferirá do corpo terreno. Conforme versículos 42-45 nos diz:

1 Coríntios 15:42-45
“Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual. Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.”

Nesta passagem, a frase “corpo natural” é a tradução do grego "σώμα ψυχικόν" (soma psuchikon), onde a palavra "psuchikon" é a forma adjetiva do substantivo “psuche” que significa “alma”. Então, "soma psuchikon" significa “corpo com alma”, isto é, um corpo cuja vida é baseada na alma [2]. Este é o corpo que temos agora, o corpo que é “semeado” (1 Coríntios 15:44). Contudo, este corpo é inapropriado para a vida eterna que Deus nos prometeu. Conforme nos diz 1 Coríntios 15:50:

1 Corinthians 15:50
"E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. "

Este corpo de carne e sangue, sendo corruptível, é incapaz de herdar incorrupção, por isso tem que ser transformado. Conforme versículos 53-55 dizem:

1 Coríntios 15:53-55
"Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória."

Somente quando o corpo mortal e corruptível que temos se revista de imortalidade e incorrupção, a morte será tragada na vitória. A razão é que o novo corpo – o corpo ressuscitado (1Coríntios 15:44) – que tomará o lugar do atual corpo com alma – o corpo que é semeado (1Coríntios 15:44) – será incorruptível, a morte não terá poder sobre ele. Não será mais um corpo com alma, isto é, um corpo cuja vida é baseada na alma, mas um corpo espiritual, ou seja, corpo com as mesmas propriedades e habilidades do corpo do Senhor Jesus Cristo, o único que até agora tem um corpo como este. Conforme versículos 44-49 da 1 Coríntios 15 nos diz:

1 Coríntios 15:44-49
"Semeia-se corpo natural (soma psuchikon), ressuscitará corpo espiritual (soma pneumatikon). Se há corpo natural, há também corpo espiritual. Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual. O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.”

Qualquer homem que tenha passado por este mundo, incluindo Adão e Cristo, teve um corpo com alma. Contudo, Jesus é o único que foi mais além, porque apesar de ter morrido, não permaneceu entre os mortos, mas ressuscitou, após três dias e três noites, com um corpo incorruptível e espiritual. Assim, o corpo espiritual não é um conceito teórico, mas uma realidade uma vez que é este o corpo que Jesus tem agora [3]. E como nós nos vestimos o “uniforme” de Adão, o corpo com alma – “a imagem do terreno” – assim um dia, no dia da vinda do Cristo, nós também vestiremos seu “uniforme”, o corpo espiritual, - “a imagem do celestial”. Quando isto acontecerá, teremos a resposta nos versículos 51-52 do mesmo capítulo de 1 Coríntios, onde lemos:

1 Coríntios 15:51-52
"Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados."

E conforme 1 Tessalonicenses 4:15-18 também nos diz:

1 Tessalonicenses 4:15-18
"Dizemos-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras."

Concluindo assim, o que temos visto até agora:

Deus não nos quer ignorantes a respeito daqueles que morreram e por esta razão, Ele forneceu em Sua palavra todas as informações relevantes para nosso benefício. Assim, de acordo com esta informação, Cristo é o primeiro e o único que embora tenha morrido está vivo AGORA, já que Deus o ressuscitou dos mortos. Conforme 1 Coríntios 15:23 caracteristicamente nos diz, ele é a PRIMÍCIA, o PRIMEIRO. Após Ele, os próximos que também reviverão serão aqueles que são de Cristo, isto é, os Cristãos mortos, e mais tarde seguirão os demais mortos (1 Coríntios 15:23).

Em relação ao tempo em que os mortos em Cristo reviverão, a Palavra define como o tempo da vinda do Senhor. Então, isto significa que uma vez que a vinda de Cristo é ainda um evento futuro, não possibilidade dos mortos estarem vivos agora. Em vez disto, eles REVIVERÃO naquele dia. Contudo, isto não será o único acontecimento daquele dia, pois logo após a ressurreição dos Cristãos mortos, os demais Cristãos que estiverem vivos serão arrebatados nas nuvens com os demais ressuscitados, para encontrar o Senhor nos ares (1 Tessalonicenses 4:17). Esta mesma passagem também nos diz: “E ASSIM NÓS (Todos os Cristãos) ESTAREMOS PARA SEMPRE COM O SENHOR”.

Referente agora ao corpo que os mortos terão naquele dia, isto é o que a Bíblia chama de “corpo espiritual”, isto é, um corpo incorruptível e imortal como o corpo Jesus possui agora. Este também será o corpo que terão os Cristãos vivos que forem arrebatados às nuvens naquele dia, em substituição do corpo com alma corruptível atual. De acordo com a Palavra, tudo isto acontecerá em apenas “um piscar de olhos” (1 Coríntios 15:52) e pode acontecer a qualquer momento, mesmo daqui a pouco. O momento exato não foi revelado por Deus em sua Palavra e por isso ninguém o sabe (veja 1 Tessalonicenses 5:1-2, Marcos 13:32, 2Pedro 3:4-13).

3. Mais algumas análises sobre os mortos

Apesar do fato de a Palavra de Deus deixar clara a verdade sobre os mortos, um olhar sobre o que a maioria dos Cristãos acredita nos mostrará uma grande diferença. De fato, para muitos Cristãos quando alguém morre sua alma continua a viver e após ser julgado vai para o céu onde está o Senhor com seus amados, tendo plena consciência e louvando a Deus em um estado de alegria. Assim, de acordo com esta “visão comum”, a morte é na verdade uma amiga pela qual obtemos uma vida melhor “no outro lado”. Uma comparação desta visão com o que vimos que Deus revelou para nosso benefício, fica claro que não ela não tem embasamento bíblico. Contudo, apesar das passagens que temos visto até agora, a Palavra contém mais trechos que tornam mais evidentes os erros desta “visão comum” e suas reivindicações. Abaixo as reivindicações desta visão serão examinadas e contrastadas com a Palavra de Deus.

3.1. O paraíso é o lugar onde os mortos vão após a morte?

Como temos visto, o primeiro grupo de mortos que irão ao céu serão os Cristãos ressuscitados, no dia da vinda do Senhor. A partir daí, pode-se facilmente concluir que nenhum morto está no céu agora – exceto o Cristo ressuscitado – e ninguém vai para lá após a morte. Para onde vão afinal os mortos após a morte? A resposta que a Bíblia nos dá é simplesmente a sepultura, e este é o significado das palavras “Sheol” e “Hades” que a Bíblia usa para denotar o lugar dos mortos. Um entendimento completo das características do lugar dos mortos, a sepultura, pode ser obtido pelo estudo de uma ou de duas palavras.

3.2 Os mortos tem consciência ou conhecimento?


Outra alegação da tradição é que após a morte, os mortos continuam vivendo, tendo pleno conhecimento e consciência e ajudando aos vivos. Novamente, a partir do que Deus nos disse que nós não sejamos mais ignorantes e é óbvio que uma reivindicação como esta não pode estar certa. De fato, de acordo com o que vimos os mortos não estão vivos agora, consequentemente ele não podem fazer coisas que são próprias e características de pessoas vivas apenas. Eclesiastes 9:4-6,10 verdadeiramente não deixa margem de dúvida. Assim nós lemos:

Eclesiastes 9:4-6, 10
"Ora, para aquele que está entre os vivos há esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto). Porque os vivos sabem que hão de morrer, MAS OS MORTOS NÃO SABEM COISA NENHUMA, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, E JÁ NÃO TÊM PARTE ALGUMA PARA SEMPRE, EM COISA ALGUMA DO QUE SE FAZ DEBAIXO DO SOL...Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, PORQUE NA SEPULTURA (Hebraico: Sheol), PARA ONDE TU VAIS, NÃO HÁ OBRA NEM PROJETO, NEM CONHECIMENTO, NEM SABEDORIA ALGUMA.

Como está explícito nesta passagem, os mortos não têm consciência, e “já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”, isto é, em coisa alguma feita em vida. Isto não apenas refuta a afirmação de muitas denominações que homens “santos” apareceram para outros homens “santos” e falaram a eles, ou que tais pessoas como Maria ouvem suas orações. Conforme vimos, de acordo com a Bíblia, com exceção do Cristo ressuscitado não há nenhum homem que tendo morrido esteja vivo agora. Então não há morto que possa aparecer à pessoas vivas e responderem suas orações, estando morto, ele não tem consciência e não pode “ter parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.”

3.3 Os mortos louvam a Deus?

Outra afirmação da tradição em relação aos mortos é que ao morrer ele vai ao céu lá fica louvando a Deus. Mais uma vez a partir da informação que Deus nos deu que não nos quer ignorantes, é claro que essa afirmação é falsa, os mortos não estão nem no céu e nem estão vivos para louvar a Deus, a Palavra responde também diretamente a esta afirmação. Assim nos diz o Salmo 6:5:

Salmo 6:5
"Porque na morte não há lembrança de ti [Deus]; no sepulcro [Hebraico: Sheol] quem te louvará?”

Contrário à ideia da tradição, a Palavra deixa claro que “na morte NÃO há lembrança de Deus. No sheol, na sepultura, ninguém dará graças a Deus, pois ninguém está vivo lá para que possa fazer isto. Ao contrário, são apenas os VIVOS e somente eles que louvarão a Deus e darão graças a Ele. Na verdade Isaías 38:18-19 nos diz:

Isaías 38:18-19
"Porque NÃO TE LOUVARÁ [Deus] A SEPULTURA, NEM A MORTE TE GLORIFICARÁ; NEM ESPERARÃO EM TUA VERDADE OS QUE DESCEM À COVA. O VIVENTE, O VIVENTE, ESSE TE LOUVARÁ..." São os vivos e não os mortos quem te darão graças e glorificarão Deus. É neste tempo que agradeceremos e louvaremos a Ele e não quando morrermos.

3.4 A morte é uma amiga enviada por Deus?

Acrescentando o texto acima, outra afirmação da tradição é que a morte é uma amiga enviada por Deus para nos aproximarmos Dele. Novamente, o que temos visto nas partes 1 e 2, é suficiente para mostrar que essa afirmação é falsa. De fato, se a morte fosse uma amiga enviada por Deus então não haveria razão para Deus cancelar seus efeitos com a ressurreição. Isto mostra que a morte não pode ser amiga, como apoia a teoria da tradição. Assim, em 1 Coríntios 15:26 lemos:

1 Coríntios 15:26
"Ora, o último INIMIGO que há de ser aniquilado é a morte. "

A morte não é amiga, como muitos a apresentam, mas um inimigo e como tal será destruída [4]. A partir daí podemos concluir que a morte sendo uma inimiga que Deus destruirá, não pode ser Deus seu agente direto. Quem é então o agente direto da morte? A resposta nos é dada em Hebreus 2:14 onde lemos:

Hebreus 2:14
"...ele [Jesus] participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, ISTO É, O DIABO.

É o diabo então, e não Deus, quem é o senhor da morte. Conforme João 8:44, claramente nos diz:

João 8:44
"Vós [Os judeus com quem ele estava falando] tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele [o diabo] foi homicida desde o princípio."

O diabo foi homicida desde o princípio. Deus sempre trabalhou em direção oposta, dando uma solução completa para o problema da morte. Qual é esta solução? Crer no Senhor Jesus Cristo. De fato, conforme Jesus disse em João 11:25.

João 11:25
"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá."

Quando ele viverá? Nós já vimos: no dia da vinda do Senhor quando “e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." (1 Coríntios 15:52).

Conclusão
Neste artigo, estudamos o assunto sobre o que acontece após a morte. Como vimos, não há outro morto que esteja vivo agora, exceto o Senhor Jesus Cristo que ressuscitou dos mortos. Os próximos que serão chamados à vida eterna serão aqueles que estão em Cristo, isto é, os cristãos mortos, no dia da vinda do Senhor. Os corpos que eles terão naquele dia não serão corpos com alma, mas corpos espirituais como o corpo que Jesus tem agora. A ressurreição dos Cristãos mortos será seguida pelo arrebatamento daqueles Cristãos que estiverem vivos naquele dia e cujos corpos serão transformados de corpos com alma para corpos espirituais. Ao final de tudo, “NÓS [todos os Cristãos, mortos ou vivos] ESTAREMOS PARA SEMPRE COM O SENHOR" (1 Tessalonicenses 4:17).

Tendo examinado o que a Bíblia diz a respeito dos mortos, nós observamos e examinamos algumas afirmações da tradição à luz da Palavra de Deus. Assim, vimos que os mortos:

i) não vão para o céu, mas para a sepultura (Sheol em Hebraico, Hades em Grego).

ii) não têm consciência e não tem participação na vida

iii) não louvam a Deus nem dão graças a Ele.

Mais ainda, vimos que:

iv) a morte não é amiga que nos traz para perto de Deus, mas um inimigo que será destruído.


Com base em tudo isto, deveria estar claro que a morte não é a esperança que deveríamos ter como Cristãos. Em vez disso, nossa esperança é a vinda do Senhor Jesus Cristo, pela qual, se estivermos mortos seremos ressuscitados, e se estivermos vivos seremos arrebatados às nuvens para encontrarmos com o Senhor nos ares (1 Tessalonicenses 4:17). Como Cristãos então, não devemos esperar o dia da nossa morte, mas pelo dia da vinda do Senhor. Conforme nos diz claramente a carta aos Filipenses 3:20-21:

Filipenses 3:20-21
"Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, Que transformará o nosso corpo abatido [o corpo com alma], para ser conforme o seu corpo glorioso [o corpo espiritual], segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas."

Possamos nós de agora em diante abrir nossos corações não aos falsos “confortos” da religião, mas ao verdadeiro conforto da Palavra, para que assim possamos esperar não pelos dias de acontecimentos miseráveis da morte, mas pelo dia da vinda gloriosa do Senhor, na qual nosso corpo com alma atual será transformado “que ele possa ser semelhante ao Seu corpo glorioso” e assim então “estaremos para sempre com o Senhor”.


por Anastasios Kioulachoglou
Fonte: http://www.jba.gr
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Notas de Rodapé

1. De fato, conforme veremos, embora existam diferenças em relação ao tempo que cada categoria de mortos (crentes, incrédulos) será ressuscitada, assim como o que se segue após essas ressurreições (vida eterna, condenação, julgamento) não há divergência sobre o presente estado de morto que compõe essas categorias.

2. Para mais informações sobre alma, veja o artigo

3. Uma vez que, após a sua ressurreição Jesus Cristo possui um corpo espiritual, um modo razoável de ter mais informações sobre as propriedades e habilidades deste corpo seria através de um estudo das referências do evangelho sobre pós-ressurreição. Através disto veremos que: um corpo espiritual é um corpo com habilidades supernaturais, uma vez que Cristo ressuscitado podia aparecer e desaparecer automática e repentinamente. (veja Lucas 24:31-37). Mais ainda, é um corpo com formas variáveis (Marcos 16:12), já que possui carne e ossos e pode ser tocado, isto é, literalmente um corpo (Lucas 24:39).

4. Veja Apocalipse 20:14 para um registro exato desta destruição.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O Entretenimento na igreja é uma lepra - por C. H. Spurgeon


No final do século XIX, Spurgeon vislumbrou essa tendência de se trazer diversão para dentro da igreja. Na medida em que se alastrava a Controvérsia do Declínio, em 1889, a saúde de Spurgeon se tornava precária, e, por isso, ele deixou de pregar em vários domingos. Mas, em uma quinta-feira à noite, no mês de abril, Spurgeon pregou no Tabernáculo uma mensagem na qual ele afirmou: 

"Creio não estar procurando erros onde o erro não existe; mas não consigo abrir os olhos sem ver coisas sendo feitas em nossas igrejas que, há trinta anos, não eram nem sonhadas. Em termos de diversão, os professos têm avançado no caminho do relaxamento. O que é pior, as igrejas agora pensam que sua responsabilidade é entreter as pessoas. Discordantes que costumavam protestar contra a ida a um teatro, agora fazem com que o teatro venha a eles. Muitos [templos de igrejas] não deveriam receber licença para exibir peças teatrais? Se alguém fosse sério em exigir obediência às leis, não teriam de obter uma licença para que suas igrejas funcionassem como teatros? 
Tampouco ouso falar a respeito do que tem sido feito nos bazares, jantares beneficentes, etc. Se estes fossem organizados por pessoas mundanas decentes, não poderiam alcançar melhores resultados? Que extravagância ainda não foi experimentada? Que absurdo tem sido grande demais para a consciência daqueles que professam ser filhos de Deus e que não são deste mundo, mas chamados a andar com Deus em uma vida de separação? 
O mundo considera as altas pretensões de tais pessoas como hipocrisia; e, de fato, não conheço outro termo melhor para classificá-las. Imaginem aqueles que gostam da comunhão com Deus brincando de tolos, com roupas teatrais! Falam acerca do lutar com Deus na oração em secreto, mas fazem malabarismo com o mundo em uma jogatina irreconciliável. Será que isto está correto? O certo e o errado trocaram de lugar? Sem dúvida, existe uma sobriedade de comportamento que é coerente com a obra da graça no coração, e existe uma leviandade que indica que o espírito maligno está em supremacia. 

Ah! senhores, pode ter havido uma época em que os cristãos eram por demais precisos, mas não é assim em meus dias. Pode ter existido uma coisa espantosa chamada rigidez Puritana, mas eu nunca a vi. Agora estamos bem livres desse mal, se é que ele existiu. Já passamos da liberdade para a libertinagem. Ultrapassamos o dúbio e caímos no perigoso, e ninguém pode profetizar onde haveremos de parar. Onde está a santidade da igreja de Deus hoje?... Ela não passa de algo turvo, tal qual um pavio que fumega; é mais um objeto de ridicularização do que de reverência. 
Será que o grau de influência de uma igreja não pode ser medido por sua santidade? Se grandes hostes daqueles que professam ser cristãos fossem, quer em sua vida familiar, quer em seus negócios, santificados pelo Espírito, a igreja se tornaria uma grande potência no mundo. Os santos de Deus poderão lamentar juntamente com Jerusalém, ao perceberem que sua espiritualidade e santidade estão em níveis baixíssimos! Outros podem considerar isto como algo que não trará qualquer consequência; porém, nós o vemos como o irromper de uma lepra." 

Eis o desafio para a igreja de Cristo: "Purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus" (2 Co 7.1). Não é a engenhosidade de nossos métodos, nem as técnicas de nosso ministério, nem a perspicácia de nossos sermões que trazem poder ao nosso testemunho. É a obediência a um Deus santo e a fidelidade ao seu justo padrão em nosso viver diário. 

Precisamos acordar. O declínio é um lugar perigoso para ficarmos. Não podemos ser indiferentes. Não podemos continuar em nossa busca insensata por prazer e auto-satisfação. Somos chamados a lutar uma batalha espiritual e não poderemos ganhá-la apaziguando o inimigo. Uma igreja fraca precisa se tornar forte, e um mundo necessitado precisa ser confrontado com a mensagem de salvação; e talvez haja pouco tempo para isso. Como Paulo escreveu à igreja em Roma: "Já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e vem chegando o dia. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz" (Rm 13.11,12).

por Charles Haddon Spurgeon

Quem escolhe? Deus ou nós?


Essa pergunta tem levantado acirrados debates teológicos. 

Somos nós que escolhemos ser salvos ou é Deus, em Sua soberania, que escolhe quem Ele quer? Será que todos tem oportunidade de salvação? 

A princípio, talvez a sua resposta seja: "Somos nós que escolhemos, afinal todos tem oportunidade". 

Mas será que é isso mesmo que a Bíblia ensina? Vamos analisar os textos bíblicos e depois você poderá responder com mais precisão.


A Bíblia não diz que Deus amou o mundo?
Sim, com certeza!

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
(João 3:16 RA)

E amar o mundo não significa escolher todas as pessoas do mundo?
Não! Veja o que Jesus falou sobre Seus discípulos:

“Se vocês fossem do mundo, o mundo os amaria por vocês serem dele. Mas eu os escolhi entre as pessoas do mundo, e vocês não são mais dele. Por isso o mundo odeia vocês.”
(João 15:19 NTLH)

Então não somos nós que escolhemos a Deus? É Ele que nos escolhe?

Exatamente. Assim Ele diz:

“Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi 
para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca.”
(João 15:16a NTLH)

Quando Ele nos escolheu?

Antes da criação do mundo.

"Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, 
a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa..."
(Efésios 1:4 NTLH)

Mesmo sendo Deus que nos escolheu, será que Ele não nos escolheu por que sabia das nossas obras futuras?

Não, pois a salvação não depende das nossas obras, mas sim do plano e da graça de Deus.

"Deus nos salvou e nos chamou para sermos o seu povo. Não foi por causa do que temos feito, mas porque este era o seu plano e por causa da sua graça. Ele nos deu essa graça por meio de Cristo Jesus, antes da criação do mundo."(2 Timóteo 1:9 NTLH)

Tem algum exemplo na Escritura que mostre isso?

Sim, Jacó e Esaú são um bom exemplo de que Deus não leva em consideração as obras de ninguém na hora de escolher.

"Mas, para que a escolha de um deles fosse completamente de acordo com o plano de Deus, o próprio Deus disse a Rebeca: “O mais velho será dominado pelo mais moço.”Disse isso antes de eles nascerem e antes de fazerem qualquer coisa, boa ou má. Assim ficou confirmado que é de acordo com o seu plano que Deus escolhe aqueles que ele quer chamar, sem levar em conta o que eles tenham feito. Como dizem as Escrituras Sagradas: “Eu escolhi Jacó, mas rejeitei Esaú.”
(Romanos 9:11 e 12 NTLH)

Amar um e rejeitar outro antes de nascerem não é uma grande injustiça de Deus?

De modo nenhum. Veja:

"Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia."(Romanos 9:14-16)

Que direito Deus tem pra agir assim?

O direito que o Criador tem sobre aquilo que Ele cria.

"Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra?"(Romanos 9:20 e 21)

Mas por que Deus escolhe uns e não escolhe outros?

Porque quer mostrar o seu poder sobre os vasos da ira e também mostrar a sua glória nos vasos de misericórdia.

"E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?"
(Romanos 9:22-24 RC)

Acho que Deus pode escolher pessoas para muitas coisas, mas não para a salvação. Onde a Bíblia diz que é escolha para a salvação?

Em várias passagens das Escrituras, veja um exemplo:

"Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo."
(2 Tessalonicenses 2:13 e 14 RA)

Será que não foi por que eu quis buscar a Deus que Ele me deu a salvação?

Não, pois o homem natural, afastado de Deus, nunca o busca. Como está escrito:

"Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só."(Romanos 3:10-12 RC)

Sim, mas eu tive fé. A minha fé não veio antes da escolha de Deus?

Não! Primeiro é preciso que Deus escolha a pessoa, para que então ela tenha fé.

"Pois esta é a ordem que o Senhor Deus deu a nós, o seu povo: “Eu coloquei você como luz para os outros povos, a fim de que você leve a salvação ao mundo inteiro.” Quando os não-judeus ouviram isso, ficaram muito alegres e começaram a dizer que a palavra do Senhor era boa. E creram todos os que tinham sido escolhidos para ter a vida eterna."(Atos 13:47 e 48 NTLH)

Mas a fé é minha ou é um dom de Deus?

A fé é um dom de Deus!

"Por causa da bondade de Deus para comigo, me chamando para ser apóstolo, eu digo a todos vocês que não se achem melhores do que realmente são. Pelo contrário, pensem com humildade a respeito de vocês mesmos, e cada um julgue a si mesmo conforme a fé que Deus lhe deu."(Romanos 12:3 NTLH)

E o meu arrependimento?

Até o arrependimento tem que ser concedido por Deus.

"E ao servo do Senhor não convém contender, mas, sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em cuja vontade estão presos."
(2 Timóteo 2:24-26 RC)

Então ninguém pode ser salvo se Deus não permitir?

Exatamente. Foi isso que Jesus falou.

"E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido."(João 6:65 RA)

Há mais textos que falam isso?

Sim. Veja:

"Todos aqueles que o Pai me dá virão a mim;
 e de modo nenhum jogarei fora aqueles que vierem a mim. Pois eu desci do céu para fazer a vontade daquele que me enviou e não para fazer a minha própria vontade. E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum daqueles que o Pai me deu se perca, mas que eu ressuscite todos no último dia."
(João 6: 37-39 NTLH)

Então por que Jesus falou até por meio de parábolas? Não foi pra que todas as pessoas pudessem entender Sua mensagem?

Muito pelo contrário, Ele usou parábolas justamente para que os que não foram eleitos não entendam, não se arrependam e, conseqüentemente, não sejam perdoados.

"Jesus disse a eles: —A vocês Deus mostra o segredo do seu Reino. Mas para os que estão fora do Reino tudo é ensinado por meio de parábolas, para que olhem e não enxerguem nada e para que escutem e não entendam; se não, eles voltariam para Deus, e ele os perdoaria."(Marcos 4:11 e 12 NTLH)

Eu nunca tinha visto as coisas dessa forma. Pode me mostrar mais textos que mostrem isso?

Sim. O apóstolo Paulo, após falar sobre o povo de Israel e mostrar que mesmo dentro do povo escolhido haviam escolhidos, fala sobre a época da igreja:

"A mesma coisa também acontece agora, isto é, por causa da graça de Deus, ainda existe um pequeno número daqueles que ele escolheu. Essa escolha se baseia na graça de Deus e não no que eles fizeram. 
Porque, se a escolha de Deus se baseasse no que as pessoas fazem, então a sua graça não seria a verdadeira graça. E isso quer dizer que não foi o povo de Israel que encontrou o que estava procurando. Quem encontrou foi apenas um pequeno grupo que Deus escolheu; os outros não quiseram ouvir o chamado de Deus. Como dizem as Escrituras Sagradas: 'Deus endureceu o coração e a mente deles; deu-lhes olhos que não podem ver e ouvidos que não podem ouvir até o dia de hoje.' "(Romanos 11:5-8 NTLH)

Deus endurece o coração e a mente das pessoas?

Sim, Ele endurece o coração e a mente de quem quer quando isso é necessário para cumprir Seu plano.

"Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, 
e se convertam, e sejam por mim curados."
(João 12:40 RA)

Pode mostrar algum exemplo disso na Bíblia?

Sim. Faraó é um bom exemplo de alguém que teve o coração endurecido por Deus.

"Porém o SENHOR endureceu o coração de Faraó, e não os ouviu, como o SENHOR tinha dito a Moisés."
(Êxodo 9:12 RC)

"Porque, como está escrito nas Escrituras Sagradas, Deus disse a Faraó: “Foi para isto mesmo que eu pus você como rei, para mostrar o meu poder e fazer com que o meu nome seja conhecido no mundo inteiro.” Portanto, Deus tem misericórdia de quem ele quer e endurece o coração de quem ele quer."(Romanos 9:17 e 18 NTLH)

Tenho uma dúvida: Judas Iscariotes era um escolhido?

Não, Judas não era um escolhido. Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus fala que eles foram escolhidos, exceto Judas.

"Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o empregado não é mais importante do que o patrão, e o mensageiro não é mais importante do que aquele que o enviou. Já que vocês conhecem esta verdade, serão felizes se a praticarem. —Não estou falando de vocês todos; eu conheço aqueles que escolhi. Pois tem de se cumprir o que as Escrituras Sagradas dizem: 'Aquele que toma refeições comigo se virou contra mim'. Digo isso a vocês agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vocês creiam que 'EU SOU QUEM SOU'."
(João 13:16-19 NTLH)

Pedro fala que Judas se desviou para ir para o seu próprio lugar.

“E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor do coração de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou,para ir para o seu próprio lugar.”(Atos 1:24 e 25 RC)

Isso quer dizer que algumas pessoas já estão predestinadas para a condenação?

Veja:

“Porque se introduziram furtivamente certos homens, que já desde há muito estavam destinados para este juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de nosso Deus, e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.”
(Judas 4 RC)

Se é assim, então quer dizer que Deus criou essas pessoas para serem condenadas?

Exatamente.

“O Senhor fez tudo para um fim; sim, até o ímpio para o dia do mal.”(Provérbios 16:4 RC)

Existem muitos escolhidos?

Jesus disse que não.

"Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos."(Mateus 22:14 RC)

E os escolhidos podem perder a salvação?

Não, pois ninguém pode arrebatar as ovelhas da mão de Jesus, e nada pode nos separar do amor de Deus, pois é Ele que nos justifica.

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar."(João 10:27-29 RA)

"Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor."(Romanos 8:38 e 39 RA)

"Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica."(Romanos 8:33 RA)

Mas há pessoas que abandonaram a fé cristã. Elas não perderam a salvação?

Não, pois na verdade nunca foram salvas. A Bíblia diz que são como porcas que foram lavadas e voltaram para a lama. Jesus diz que nunca conheceu essas pessoas. Mesmo que tenham feito milagres, expulsado demônios e profetizado em Seu nome, nunca foram Dele.

"Portanto, aqueles que chegaram a conhecer o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e que escaparam das imoralidades do mundo, mas depois foram agarrados e dominados por elas, ficam no fim em pior situação do que no começo. Pois teria sido muito melhor que eles nunca tivessem conhecido o caminho certo do que, depois de o conhecerem, voltarem atrás e se afastarem do mandamento sagrado que receberam. O que aconteceu a essas pessoas prova que são verdadeiros estes ditados: 'O cachorro volta ao seu próprio vômito' e 'A porca lavada volta a rolar na lama'."(2 Pedro 2:20-22 NTLH)

"Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade."
(Mateus 7:21-23 RA)

E o que acontecerá com aqueles que morreram sem conhecer a Palavra de Deus?

Perecerão, pois a única forma de salvação é a fé em Cristo.

"Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados."
(Romanos 2:12 RC)

"Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."(João 14:6 RA)

"E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos."(Atos 4:12 RA)

Pode citar mais textos que falam sobre o assunto?

Sim. Aí estão:

"... havendo sido predestinados, conforme o propósito dAquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da Sua vontade; com o fim de sermos para louvor da Sua glória ..."
(Efésios 1:11-12)

"Sabendo, amados irmãos, que a vossa eleição é de Deus; porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder ... e vós fostes feitos nossos imitadores ..."
(1 Tessalonicenses 1:4-6)

"... tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus ..."
(2 Timóteo 2:10)

"... segundo a fé dos eleitos de Deus ..."
(Tito 1:1)

"Mas vós sois a geração escolhida ... o povo adquirido ..."
(1 Pedro 2:9)

"... vencerão os que estão com Ele, chamados, e eleitos, e fiéis."
(Apocalipse 17:14)

"Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste."(João 17:2)

"Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é o resultado dos esforços de vocês;portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la."
(Efésios 2:8 e 9)

"... o qual, tendo chegado, aproveitou muito aos que pela graça criam."(Atos 18:27)

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho,a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou."(Romanos 8:28-30)

"Ouvindo isto, os discípulos ficaram grandemente maravilhados e disseram: Sendo assim, quem pode ser salvo? Jesus, fitando neles o olhar, disse-lhes: Isto é impossível aos homens, mas para Deus tudo é possível".(Mateus 19:25 e 26)

"Para ele, os seres humanos não têm nenhum valor; ele governa todos os anjos do céu e todos os moradores da terra. Não há ninguém que possa impedi-lo de fazer o que quer; não há ninguém que possa obrigá-lo a explicar o que faz.”(Daniel 4:35)

“Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas.”
(Isaías 45:7)

"Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar."(Mateus 11:27)

"Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade."
(Filipenses 2:13)

Nesse estudo aprendemos que é Deus quem nos escolhe, e nos escolhe entre as pessoas do mundo. Descobrimos que Ele opera em nós tanto o querer quanto o efetuar, que é poderoso para endurecer o coração de quem quer, e ter misericórdia de quem quer, pois, assim como um oleiro, Ele tem poder sobre o barro para, da mesma massa, fazer um vaso para honra e outro para desonra, segundo a Sua vontade.

Vimos também que a escolha foi feita antes da criação do mundo, e não levou em conta as nossas obras, nem boas nem más. Deus fez Sua escolha de acordo com o Seu plano. O homem natural não pode nem quer buscar a Deus, pois a própria fé é um dom de Deus, e o arrependimento tem que ser concedido por Ele.

Aqueles que o Pai deu a Jesus inevitavelmente irão a Ele, e os que vão a Ele jamais serão lançados fora. Os eleitos nunca perecerão, pois ninguém pode arrebatar as ovelhas da mão de Jesus e da mão do Pai.

Espero que você seja fortalecido na fé em saber que é de Deus que depende a nossa salvação, e que Ele merece todo o crédito e todo o mérito pela obra realizada em nós.

Glória somente a Deus!
Fonte: Internautas Cristãos

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