sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Expondo das Heresias da Igreja Católica: O PAPA



Um dos principais catalisadores do início da Reforma Protestante foi um livro de Jan Hus, um boêmio cristão que precedeu Martinho Lutero por um século inteiro. O livro foi De Ecclesia (A Igreja), e um dos pontos mais profundos de Hus foi proclamado no título de seu quarto capítulo: “Cristo é o único cabeça da Igreja.”

Jan Hus escreveu:

Nenhum papa nem tampouco os cardeais, são a cabeça de todo o corpo da Igreja Católica santa, universal; pois Cristo é o cabeça da igreja.

Ressaltando, a maioria dos líderes da igreja em sua época verdadeiramente desprezava o senhorio de Cristo.

Jan Hus disse:

Eu entrei para algo tão infame como o clero, de modo que eles detestam aqueles que pregam e frequentemente chamam Jesus Cristo de Senhor.

A franqueza de Hus lhe custou a vida. Ele foi declarado herege e queimado na fogueira em 1415.

Cem anos mais tarde, e já em divergência com o estabelecimento papal, Martinho Lutero leu De Ecclesia. Após terminar o livro, ele escreveu para um amigo:

Eu tenho até agora ensinado e mantido todas as opiniões Jan Hus inconscientemente, assim como John Staupitz. Em suma, somos todos “hussitas” sem saber.

Como o cabeça da Igreja Católica Romana, o papa é muitas vezes chamado de “Pai Santo” e o “Vigário de Cristo” – nomes e funções que se aplicam somente a Deus. Ele afirma que tem a capacidade de falar com autoridade, exercendo infalibilidade divina em adicionar e aumentar as Escrituras (Apocalipse 22.18). Ele exerce autoridade antibíblica e profana sobre seus seguidores, usurpando a liderança de Cristo e pervertendo a obra do Espírito Santo.

Os reformadores entenderam isso e declararam com ousadia impudente. Como Martinho Lutero escreveu para um amigo:

Nós estamos convictos de que o papado é o trono do “verdadeiro e real Anticristo”. Pessoalmente, eu declaro que não devo ao Papa outra obediência do que isso para o Anticristo.

Em suas Institutas da Religião Cristã, João Calvino disse:

Algumas pessoas acreditam que somos demasiadamente inexoráveis e severos, quando chamamos o pontífice romano de Anticristo. Entretanto, aqueles que são desta opinião, não considero que trazem a mesma carga de presunção contra o próprio Paulo, após os quais falamos e cuja língua adotamos. E para que ninguém se oponha, desvirtuando indevidamente ao pontífice romano as palavras de Paulo, que pertencem a um assunto diferente, devo mostrar brevemente que eles não são capazes de qualquer outra interpretação da que a implique ao papado. (John Allen, tradução, o livro quatro, capítulo sete).

As palavras de Paulo que Calvino referiu-se eram de 2 Tessalonicenses, onde o apóstolo descreveu a vinda do Anticristo, “que se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosso o próprio Deus.” (2 Tessalonicenses 2.4).

Esse mesmo entendimento foi refletido mais tarde na Confissão de Fé de Westminster, que diz:

Não há outro cabeça da igreja senão o Senhor Jesus Cristo. Em sentido algum, pode ser o papa de Roma cabeça dela; ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição, que se exalta na igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus (Colossences 1.18; Efésios 1.22; Mateus 23.8-10; 1Pedro 5.2-7; 2Tessalonicenses 2.3-4) [25.6].

Isso não quer dizer que o papa é o anticristo final [escatológico, ênfase do tradutor]. Não tem sido e continuará a ser, como 1João 2.18 diz, sobre muitos falsos mestres que encarnam o espírito do Anticristo. Como o americano puritano Cotton Mather escreveu em The Fall of Babylon [A Queda da Babilônia]:

Os oráculos de Deus predisseram o surgimento de um Anticristo [isto é, um ou mais anticristos que encarnam o espírito do Anticristo] na igreja cristã. E no Papa de Roma todas as características do Anticristo são tão maravilhosas que respondeu que, se qualquer um que ler as Escrituras não vê-lo, há uma maravilhosa cegueira sobre eles.

Em um sermão intitulado “Ore a Jesus”, Charles Haddon Spurgeon exortou sua congregação que “é dever de cada cristão orar contra o Anticristo e quanto ao que o Anticristo é. Nenhum homem sensato deve levantar uma questão. Se o papado não for a igreja de Roma e a igreja da Inglaterra, não há nada no mundo que pode ser chamado por esse nome.”

Ele disse mais:

Em qualquer lugar, o Papado, seja anglicano ou romano, é contrário ao evangelho de Cristo! E é o Anticristo, e devemos orar contra ele! Deveria ser a oração diária de cada crente que o Anticristo possa ser arremessado como uma pedra de moinho na inundação e afundar para não subir mais. Se podemos orar contra o erro por Cristo, porque fere Cristo, porque ele rouba a glória de Cristo, porque coloca a eficácia sacramental no lugar de Sua expiação e levanta um pedaço de pão no lugar do Salvador, e algumas gotas de água para o lugar do Espírito Santo, e coloca um mero homem falível como nós mesmos como o Vigário de Cristo na terra – se orarmos contra ele, porque é contra ele –, devemos amar as pessoas que odeiam seus erros! Amaremos suas almas, embora nós detestemos os seus dogmas, e assim o sopro de nossas orações será adoçado, pois voltamos nossos rostos em direção a Cristo quando oramos.

Em outro sermão, intitulado “Cristo glorificado,” Spurgeon disse:

Cristo não redimiu Sua igreja com Seu sangue para que o papa pudesse entrar e roubar a glória. Ele nunca veio do céu à terra e derramou o Seu coração para que pudesse comprar o seu povo, de modo que um pobre pecador, um simples homem, pudesse ser definido como elevado para ser admirado por todas as nações e chamar a si mesmo de o representante de Deus na terra! Cristo sempre foi o cabeça de Sua igreja.

Em 1Timóteo 2.5, Paulo disse: “Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.”

O papa assumiu para si uma posição de autoridade que não precisa ser ocupada.



Autor: John MacArthur

Fonte: Grace to You

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