Há um cântico, por sinal muito bonito, que numa certa altura diz:
Eu não morrerei, enquanto o Senhor não cumprir em mim, todos os sonhos que Ele mesmo sonhou prá mim
Não pretendo fazer uma crítica dessa música especificamente, mas refletir sobre a afirmação de que Deus sonha. Pois acredito que temos que ser cuidadosos com o que afirmamos a respeito da divindade. Não devemos ficar aquém nem ir além do que Deus mesmo diz sobre Si mesmo.
Num sentido denotativo, sonho é a "representação em nossa mente de alguma coisa ou fato, enquanto dormimos". E a Bíblia diz que Deus não dorme (Sl 121:4), logo, neste sentido Deus não sonha. Mas a linguagem dos cânticos é conotativa, então sonhar tem significados como "ilusão, utopia, fantasia", "idealizar coisas irrealizáveis" e "alimentar a imaginação". Definitivamente, Deus não fica aspirando, imaginando ou fantasiando coisas a nosso respeito. Salvo uma rasteira de minha memória, em lugar algum a Bíblia diz que Deus sonha sobre nós ou que seja.
Por outro lado, a Bíblia afirma que Deus decreta. Davi disse "falarei do decreto do Senhor" (Sl 2:7) e Paulo também fez referência ao "decreto de Deus" (Rm 1:32). Um decreto é uma lei irrevogável, editada sem discussão dos interessados. Esta é a ideia transmitida por Isaías, quando escreve "este é o conselho que foi determinado sobre toda a terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Pois o Senhor dos exércitos o determinou, e quem o invalidará? A sua mão estendida está, e quem a fará voltar atrás?" (Is 14:26).
Por que as pessoas tem facilidade em aceitar uma ideia extrabíblica sobre Deus e relutam tanto em aceitar as declarações que a Bíblia faz sobre o Soberano de toda a terra?
Fonte: CincoSolas
Fonte: CincoSolas
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